A Polícia Judiciária deteve, esta manhã, o jornalista Rui Cruz, fundador do site "Tugaleaks". A PJ diz que deteve sete pessoas por crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do setor privado.
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De acordo com as informações recolhidas pela TSF, a Polícia Judiciária fez buscas na casa onde vive o jornalista, no Pinhal Novo, que serve também de escritório de Rui Cruz.
O "Tugaleaks" é uma página na internet que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no "Wikileaks" de Julian Assange.
Este mês, o Ministério Público arquivou um processo contra Rui Cruz por alegada violação de correspondência ou telecomunicações, num caso que remonta a 2012.
Entretanto, num comunicado enviado às redações, a Procuradoria-Geral da República informa que estão em curso «duas dezenas de buscas domiciliárias e uma busca a um órgão de comunicação social, no âmbito de um inquérito dirigido pelo MP e onde se investigam diversos ataques informáticos», sem nunca especificar os alvos das buscas.
De acordo com a PGR, os factos em investigação estão relacionados com ataques informáticos a servidores que alojam sites do Ministério Público, da Polícia Judiciária, do Conselho Superior de Magistratura, da EDP e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.
Em causa estão os crimes de acesso ilegítimo, de dano informático, de sabotagem informática e ainda de associação criminosa.
Segundo a PJ, sete pessoas foram hoje detidas pela Polícia Judiciária por crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do setor privado.
As detenções ocorreram após a Diretoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), desenvolver em vários pontos do território nacional, uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à atividade ilícita conhecida como "hacktivismo".