Fundos da UE usados para casas e carros de luxo. PJ fez 26 buscas e há 19 arguidos
O pedido de subsídios à União Europeia está a ser investigado por alegadas fraudes. Chefe de gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se após ser constituído arguido.
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A Polícia Judiciária levou a cabo uma megaoperação de combate à fraude na obtenção de subsídios, avançou a TVI, uma informação confirmada pela TSF.
Na sequência da megaoperação, o chefe de gabinete do Secretário de Estado da Proteção Civil demitiu-se por ter sido constituído arguido.
Adelino Gonçalves Mendes pediu a exoneração e a mesma foi "aceite pelo secretário de Estado da Proteção Civil".
As autoridades investigam o desvio de fundos da União Europeia, sendo que milhões de euros foram, alegadamente, requisitados com vista à criação de riqueza e de emprego em diversas áreas, mas terão sido desviados para automóveis de luxo e casas.
O Ministério Público revelou que foram feitas 26 buscas em vários locais do país e que estão a ser investigados alegados crimes de fraude na obtenção de subsídios, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
A investigação tem já 19 arguidos, dos quais oito pessoas singulares e 11 empresas.
O processo em causa decorre há dois anos e envolveu 100 operacionais.
A operação vem no seguimento de uma outra realizada em maio de 2017 na qual foram realizadas 54 buscas, algumas na fora de território nacional e constituídos 52 arguidos, afirma o DCIAP.
No total o inquérito tem, neste momento, 73 arguidos.
(Notícia atualizada às 18h20 com demissão de Adelino Gonçalves Mendes)