Futuro da economia portuguesa. "Certamente iremos crescer qualquer coisa" em 2023
Corpo do artigo
Devido à guerra na Ucrânia, é inevitável que a economia nacional cresça menos no próximo ano, mas é importante manter o otimismo. É o que diz o presidente do Conselho de Administração da consultora KPMG, Vítor Ribeirinho, na entrevista A Vida do Dinheiro.
"Há definitivamente uma indicação de que a economia em 2022 teve uma performance bastante positiva. Infelizmente, a invasão da Ucrânia, a guerra e o consequente impacto nos preços teve naturalmente este arrefecimento", afirma Vítor Ribeirinho, sublinhando, no entanto, que "este arrefecimento não deve descurar aquilo que tem sido o foco que as empresas nacionais têm vindo a trazer", ou seja, "a aposta na inovação e no investimento".
"No fim do dia, apostar que nós, no próximo ano, embora vamos crescer menos, isso é inevitável, esse pessimismo vai com certeza subsistir, mas acho que é importante que nós acreditemos que vamos conseguir crescer. Mesmo crescer um bocadinho será sempre positivo. Esse otimismo do Governo está também dentro daquilo que é a incerteza, porque hoje ninguém tem a bola de cristal para dizer se vamos crescer 1,7 por cento ou se vamos crescer 0,7 por cento, mas certamente iremos crescer qualquer coisa e é esse o foco que a economia portuguesa deve ter neste momento", acrescenta.