Depois das denúncias de "estrangulamento financeiro" e de enorme falta de meios, responsável diz que as respostas públicas do governo ignoram a atividade deste gabinete.
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O diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes em Aeronaves (GPIAA) contesta as respostas do governo à falta de meios que denunciou esta terça-feira de manhã na antena da TSF.
Álvaro Neves deu uma entrevista em que denunciava um estrangulamento financeiro que até já tinha levado ao corte do telefone de emergência que é usado em caso de acidentes, além de outras ameaças de cortes por outros fornecedores fartos de esperar pelos pagamentos.
O governo respondeu e disse que estava tudo bem e que não havia qualquer problema com as infraestruturas aeroportuárias.
Agora, o diretor deste gabinete tutelado pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas sublinha que este é a única entidade que tem de liderar qualquer investigação a acidentes com aviões, pelo que as respostas do governo falam de outras realidades.
Álvaro Neves lamenta ainda que o governo tenha recusado, entretanto, de forma clara, a taxa que propôs de 20 cêntimos, por bilhete de avião, para pagar a atividade do GPIAA que, segundo afirma, não tem meios humanos, técnicos e financeiro para cumprir as competências que estão previstas na lei.