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A Administração do hospital Garcia de Orta, em Almada, acredita que ainda é possível convencer os sete chefes da equipa de serviço de urgência a voltarem atrás, depois de ontem terem apresentado a demissão.
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Fonte da administração do Hospital adiantou à TSF que há negociações em curso para encontrar as prometidas soluções, sem revelar no entanto o que estará em causa. O Hospital Garcia de Orta, em Almada, garante que ainda hoje anuncia medidas, depois da demissão em bloco dos sete chefes da equipa das urgências.
Fonte da assessoria do hospital diz que estão a decorrer negociações e admite mesmo que a demissão dos sete médicos possa ficar sem efeito.
É uma possibilidade tendo em conta as medidas que vão ser tomadas. Citada pela Lusa a assessoria do Garcia de Orta diz que não haveria recuo no pedido de demissão se as condições difíceis não fossem reversíveis.
Em declarações à TSF, Ana Jorge, antiga ministra da saúde e médica do Garcia de Orta entende que, nas atuais condições de urgências superlotadas, os médicos não podem ser culpados pelo que aconteça aos doentes.
Os sete chefes da equipa do serviço de urgência do hospital Garcia de Orta, em Almada, demitiram-se em bloco. A equipa de médicos justificou a demissão com a degradação das condições de trabalho e também a «excessiva lotação» de doentes internados.
Segundo a administração do hospital, já estão a ser tomadas medidas para «fazer face ao aumento nos internamentos» e «outras medidas concretas serão anunciadas terça-feira».
Sobre se a demissão dos médicos vai afetar o funcionamento dos serviços de urgência, a fonte explicou que a administração hospitalar compreende as necessidades dos médicos e que «serão tomadas medidas para resolver a situação».