Garcia dos Santos diz que guerra entre Soares e Eanes conduziu ao seu afastamento
O antigo chefe de Estado Maior do Exército recordou, esta terça-feira, a propósito do lançamento do seu livro de memórias, que foi uma "guerra" entre Mário Soares e Ramalho e Eanes que ditou, em 1982, o seu afastamento do cargo.
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É um livro de memórias e não uma autobiografia, mas poderia ser outra coisa, talvez aquilo que Loureiro dos Santos, também general, regista no prefácio: «um grito de revolta, inconformista, um livro corajoso que diz a verdade».
E a verdade de Garcia dos Santos passa pelo processo que o afastou da chefia do estado maior do exército, em 1982. Já lá vão quase 30 anos, mas o general não se esquece das amarguras.
Muito mais do que as memórias e o processo político, Garcia dos Santos faz uma viagem pela história contemporânea portuguesa e promete, no segundo volume, revelar tudo o que sabe e que anotou das quentes reuniões entre os partidos políticos e o presidente Ramalho Eanes.
À espera da polémica, para o segundo volume, Garcia dos Santos conta a sua verdade, num livro de memórias que é um resumo, escreve Loureiro dos Santos, de um maquiavelismo político.