Famílias e seguradoras estão a gastar mais com as despesas na Saúde, mas o Estado consegue reduzir os custos. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que em 2011, os gastos do Estado diminuíram pela primeira vez em dez anos.
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Pela primeira vez numa década, diminuíram, em 2011, os gastos nacionais com Saúde. A culpa é sobretudo do Estado que está a gastar cada vez menos com a saúde dos portugueses. Do outro lado, privados, nomeadamente as seguradoras e as famílias estão a gastar mais.
Números agora divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que no ano passado, pela primeira vez desde 2000, a despesa corrente com saúde caiu 4,6 por cento.
A maior parte destes gastos ainda são pagos pelo Estado, mas essa despesa pública caiu ainda mais: 7,1 por cento. O INE fala mesmo numa descida «significativa». Em média, no ano passado o Estado gastou menos cerca de 80 euros com a saúde de cada português.
Do outro lado, não param de aumentar as despesas dos privados, numa tendência que acelerou no último ano. As despesas das seguradoras cresceram 6,5 por cento.
A despesa privada das famílias também aumentou, mas ligeiramente, 0,2 por cento, ou seja, mais 11 milhões de euros.
Os números do Instituto Nacional de Estatística revelam ainda que uma fatia cada vez maior das despesas com Saúde está a ser suportada pelas famílias: 27,5 por cento em 2010, contra 28,9 por cento em 2011.