
George Wright
George Wright, o norte-americano cujo pedido de extradição para os Estados Unidos foi, esta quinta-feira, recusado por Portugal, disse que os crimes de que é acusado naquele país se inseriram na luta para levar Obama à Casa Branca.
Corpo do artigo
«O que fizemos na altura abriu a porta para o senhor Obama chegar onde chegou e ele agora quer prender-me», afirmou, em conferência de imprensa, o homem que a justiça norte-americana quer preso, mas que fez questão de se afirmar como português, adoptando o nome de José Luís Jorge Santos.
O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou hoje o pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos de George Wright, acusado de ter assassinado um homem, em 1962, naquele país, e posteriormente ter desviado um avião para fugir para a Argélia com outros compatriotas.
Wright foi detido em Sintra em Setembro, após 41 anos fugido à justiça, tendo ficado em prisão domiciliária a 14 de Outubro.
O homem foi condenado pelo homicídio de Walter Patterson, proprietário de uma bomba de gasolina em Wall, Nova Jérsia, e veterano da II Guerra Mundial. Nos Estados Unidos falta-lhe cumprir os 23 anos de prisão que lhe restavam quando se conseguiu evadir, podendo ainda vir a ser julgado pelo sequestro de um avião comercial em que fugiu com destino à Argélia.