ONU escolheu como tema para o Dia Internacional das Famílias as famílias e a urbanização.
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O Dia Internacional das Famílias assinala-se este domingo. A data, escolhida pela assembleia geral das Nações Unidas, é celebrada anualmente desde 1994 com o objetivo de destacar a importância da família e de reforçar uma mensagem de amor, respeito e compreensão entre todos os elementos.
Este ano, a ONU escolheu como tema as famílias e a urbanização, mas sem esquecer o conflito que está a decorrer na Ucrânia. Eugénio Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, sublinha que a globalização, apesar das potencialidades, tem levado a que se olhe menos para o núcleo mais próximo.
"Pela relativização que se faz das relações de maior proximidade, a globalização trouxe enormes potencialidades, mas também trouxe situações que nos levam, muitas vezes, a reparar mais no que é longínquo de nós do que no núcleo central da nossa própria existência: a família", explicou à TSF Eugénio Fonseca.
O presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado deixa ainda um aviso: a família está sujeita a vários desafios.
"A família está hoje a sofrer desafios a que temos de prestar atenção porque se ela deixar de existir, acontece a desorientação global, deixa de haver o tal espaço de duas coisas muito importantes para a evolução do ser humano: a educação e os afetos", alertou o presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado.
Eugénio Fonseca lamentou que não exista uma secretaria de Estado da Família e afirmou que é preciso haver um equilíbrio maior entre trabalho e família.
"Temos de repensar os horários de trabalho e de pensar no descanso. É óbvio que há profissões que têm de laborar ao domingo, mas talvez algumas não fossem necessárias se não fosse a ganância de maior negócio. Também deve haver um reconhecimento, por parte da classe política governante, da importância da família. Tenho muita pena que não exista, porque já houve, pelo menos uma secretaria de Estado da família", acrescentou Eugénio Fonseca.