Em declarações à TSF, o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Portalegre da Guarda Nacional Republicana adianta alguns dos acontecimentos da madrugada de quarta-feira.
Corpo do artigo
A GNR de Ponte de Sor foi chamada por duas vezes na madrugada de 17 para 18 de agosto.
Às 2h00, quando chegaram ao local e apenas falaram com os dois jovens que agora se sabe serem os filhos do embaixador iraquiano. Os dois irmãos confirmaram desentendimentos com um grupo de jovens que já não estava presente, não manifestaram intenção de apresentar queixa e pediram para fazer o teste de álcool, já que tinham estado a beber e para regressar a casa teriam de conduzir. O teste deu positivo e por isso foi a GNR que os transportou.
Os militares voltaram ao posto de Ponte de Sor e, duas horas depois, pelas 4h00, receberam uma nova chamada a relatar mais desacatos. Quando chegaram ao local, deparam-se com um jovem caído no chão, a necessitar de assistência médica, que já tinha sido chamada por uma das pessoa ali presentes.
Dos dois jovens iraquianos não havia sinal, mas a recolha de testemunhos feita pela GNR permitiu estabelecer rapidamente o perfil dos dois rapazes com quem já tinham estado nas primeiras horas dessa madrugada.
Em momento algum, explica à TSF o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Portalegre, a GNR detetou os dois suspeitos da prática de agressões no ato da condução.
Nesta conversa telefónica, o tenente coronel José Moisés confirma que os jovens tinham uma viatura do corpo diplomático, mas faz notar que a questão surge por causa de relatos que nos últimos dias foram sendo feitos nalguns órgãos de comunicação social, reportando o atropelamento de Rúben Cavaco.
Ora a GNR não viu e não pode por isso confirmar nem dar conta dos testemunhos recolhidos no local, uma vez que o caso foi entregue à Polícia Judiciária e o inquérito está em segredo de justiça.
O oficial de relações públicas do Comando Territorial de Portalegre da GNR acrescentou ainda que não foi formalizada no posto de Ponte de Sor qualquer queixa por parte dos dois iraquianos sobre supostas agressões de que também tenham sido vítimas, não excluindo, no entanto, que os mesmos possam ter efetuado uma possível queixa em qualquer posto policial ou junto do Ministério Público.