GNR regista 684 acidentes com veículos agrícolas em 2024: mais de 50 pessoas morreram
Trata-se de mais 80 acidentes do que no ano anterior: em 2023, tinham sido registados 602 acidentes que envolveram veículos agrícolas, dos quais resultaram 40 vítimas mortais
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A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou no ano passado 684 acidentes rodoviários com veículos agrícolas, que causaram 52 mortos, 85 feridos graves e 262 feridos ligeiros, refere esta terça-feira a guarda em comunicado.
Em 2023 tinham sido registados 602 acidentes que envolveram veículos agrícolas, dos quais resultaram 40 vítimas mortais, 65 feridos graves e 224 feridos ligeiros.
Ouvido pela TSF, o major João Gaspar dá conta das principais causas dos acidentes com máquinas agrícolas: "A distração, a falta de destreza e as manobras irregulares. Além disso, no que respeita aos acidentes currículos agrícolas em propriedade privada, temos também como causas mais comuns a perda de controlo, a irregularidade do terreno e a queda do trator."
Para evitar estes acidentes, a GNR deixa alguns conselhos: "Não se esqueça da manutenção do veículo, uma vez que o mau funcionamento pode causar acidentes e lembre-se que as estruturas de proteção, como o arco de Santo António, podem evitar a morte do condutor ou reduzir a gravidade dos ferimentos. Utilize sempre os acessórios de iluminação e de sinalização de acordo com a lei e frequente ações de formação teóricas e práticas, de forma a conhecer os perigos da condução de tratores e de máquinas agrícolas e florestais."
Numa nota para assinalar o arranque da Operação “Campo Seguro 2025”, a GNR refere que pretende sensibilizar a população em geral para a adoção de comportamentos preventivos face aos furtos de produtos e máquinas agrícolas, ao furto de metais não preciosos e a situações de exploração laboral, designadamente aquelas que possam configurar tráfico de seres humanos.
Paralelamente, a operação, que termina em 15 de fevereiro do próximo ano (2026), visa também promover a adoção de práticas seguras na utilização e condução de veículos agrícolas e florestais, contribuindo para a prevenção de acidentes e da sinistralidade associada.
“Neste contexto, serão reforçadas as ações de patrulhamento e fiscalização, ajustadas à sazonalidade das culturas e às características regionais, incidindo nos locais, dias e horários de maior risco, de acordo com o histórico de criminalidade”, refere a GNR.
Segundo a guarda, serão também realizadas ações de controlo e fiscalização do transporte de produtos agrícolas e florestais nos pontos de passagem da fronteira terrestre, em articulação com a Guardia Civil, para combater a criminalidade transfronteiriça.
