Foi vice-presidente do Instituto Superior de Agronomia e toma posse esta quarta-feira
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O engenheiro agrónomo Gonçalo Caleia Rodrigues é o novo secretário de Estado da Agricultura, segundo uma nota publicada esta terça-feira no site da Presidência da República na Internet.
"O Presidente da República aceitou a proposta do Primeiro-Ministro, de nomeação do Prof. Doutor Gonçalo Rodrigues, como novo Secretário de Estado da Agricultura", lê-se na nota publicada no portal da Presidência.
A posse vai acontecer na quarta-feira, pelas 17h45, no Palácio de Belém, refere ainda a nota.
Gonçalo Caleia Rodrigues substitui no cargo Carla Alves, que se demitiu a 05 de janeiro poucas horas depois de ter tomado posse, na sequência de um processo judicial envolvendo o seu marido e ex-autarca em Vinhais.
Nascido no Porto em 1981, Gonçalo Caleia Rodrigues é doutorado em Engenharia dos Biossistemas, pelo Instituto Superior de Agronomia, e tem uma pós-graduação em gestão, da Nova School of Business and Economics, de Lisboa.
O novo secretário de Estado foi vice-presidente do Instituto Superior de Agronomia, instituição onde foi professor auxiliar.
O cargo de secretário de Estado da Agricultura estava vago desde 5 de janeiro, quando Carla Alves se demitiu 25 horas após tomar posse.
Carla Alves justificou não dispor de "condições políticas e pessoais" para iniciar funções, depois de noticiado o arresto de contas bancárias conjuntas que tinha com o marido.
CAP não conhece novo secretário de Estado
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, assume que não conhece o novo governante e não acredita numa mudança de política.
"Nunca é tarde quando há vontade de emendar e fazer melhor, por isso, eu não conheço a pessoa, mas é da área da academia agrícola e há um capital de esperança que seja uma pessoa que conheça minimamente as vicissitudes e as dificuldades da nossa agricultura. Vamos aguardar. Este senhor provavelmente chamar-nos-á para uma conversa e vamos perceber dentro de pouco tempo que tipo de pessoa é e que tipo de relacionamento pretende desenvolver com o setor", afirma à TSF.
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Continuando a mesma ministra, nada mudará, de acordo com o presidente da CAP.
"A orientação política do ministério deverá manter-se enquanto esta senhora for ministra. O nosso receio é que em termos políticos não haja uma alteração substancial e que isso possa refletir-se na continuação dos enormes erros sucessivos que têm vindo a ser praticados e têm sido acumulados nas reivindicações de que têm sido alvo nas manifestações", conclui.