Funcionários públicos foram questionados sobre a motivação no trabalho, comparando as políticas do atual Governo com as medidas de austeridade do governo PSD/CDS. Frente Comum fala em "coação".
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A Direção-Geral da Administração e Emprego Público enviou um inquérito a mais de 500 mil trabalhadores da administração central do Estado que pretende avaliar as principais motivações dos funcionários públicos.
É apresentado como uma "segunda edição" de um questionário feito em 2015, mas tem novas questões sobre temas como "o período da Troika", o "descongelamento progressivo das carreiras" e a "reposição dos salários", nomeadamente se este aumento "afetou positivamente a motivação no trabalho".
"Sinto-me hoje mais motivado no trabalho do que há cinco anos?", é outra das perguntas. Assim, nota o Observador, o Governo consegue fazer um barómetro da satisfação com as políticas do PS na última legislatura, comparadas com as do Governo de Passos Coelho Passos.
Em declarações à TSF, a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública alega que o executivo está a tentar passar a ideia de que houve grandes melhorias
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A dois meses das legislativas, esta é uma manobra de campanha por Parte do Partido Socialista, defende.
"Deixa muito a desejar esta postura do PS, que se está a servir de tudo e de todos para conseguir aquilo que pretende, porque certamente deve estar aflito", condena.
Além disso, nota, esta não é uma boa forma de avaliar o impacto das políticas da última legislatuar. "Se os trabalhadores tiverem medo vão fazer uma apreciação a favor do Governo (...) porque estão a ser coagidos a isso."
A Direção Geral da Administração e do Emprego Público explica que o questionário foi construído a partir de modelos usados pelas administrações de outros países da OCDE.