O Governador Civil de Aveiro disse, esta quarta-feira, que não se demitirá do cargo, adiantando que vai esperar que o novo Governo indique a data de cessação das suas funções.
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José Mota, que junta a sua voz à de outros que têm criticado a anunciada extinção dos governos civis, adiantou à TSF que escreveu ao ministro da Administração Interna para lhe dar conta da sua decisão.
«As pessoas que falam nos governos civis não conhecem as competências dos governos civis» e «estão a falar levianamente», criticou.
José Mota frisou que «ninguém no país prestará os serviços» que agora fazem os governos civis pelo mesmo valor, acrescentando que aquelas instituições geram receita superior à despesa.
Na sequência do anúncio de terça-feira da não nomeação de novos governadores civis pelo novo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o governador civil de Lisboa, António Galamba, pediu na terça-feira a demissão e considerou que o fim desta instituição irá afectar os bombeiros, forças de segurança e, consequentemente, os cidadãos.
Confirmaram que pediram a demissão ao novo ministro da Administração Interna os governadores civis de Braga (Fernando Moniz), Santarém (Sónia Sanfona), Leiria (Paiva de Carvalho), Setúbal (Manuel Macaísta Malheiros), Castelo Branco (Alzira Serrasqueiro), Guarda (Santinho Pacheco), Évora (Fernanda Ramos), Bragança (Jorge Gomes), Vila Real (Alexandre Chaves) e Porto (Fernando Moreira).
Também o governador civil de Beja, major-general Manuel Monge, revelou ter pedido a escusa do cargo «o mais rapidamente possível», assim como o de Portalegre, Jaime Estorninho.
O governador civil de Faro, Carlos Silva Gomes, disse esta quarta-feira à Lusa que foi nomeado para o cargo em Diário das República e que cessará as funções para que foi empossado quando a exoneração for publicada naquele órgão.