Governo abre inquérito para apurar falhas no combate ao fogo em S. Pedro do Sul
O primeiro-ministro quer saber o que correu mal no combate ao incêndio em S. Pedro do Sul. António Costa abriu a porta à utilização de apoios comunitários para ajudar zonas atingidas pelos fogos.
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O governo decidiu abrir um inquérito à forma como foi combatido o incêndio em S. Pedro do Sul. A decisão foi anunciada há pouco pelo primeiro-ministro.
António Costa escutou as denúncias do presidente da autarquia de S. Pedro do Sul e quer agora perceber se existiram falhas.
"Creio que até agora só registei, neste caso em S. Pedro do Sul, uma queixa fundamentada e sustentada relativamente a algo que necessita de inquérito. É preciso apurar o que aconteceu", afirmou o primeiro-ministro, esta manhã em Arouca.
O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, afirmou na última noite que "a situação está controlada" relativamente ao incêndio que atingiu o concelho.
O autarca referiu, ainda em declarações à agência Lusa, que os primeiros quatro dias foram muito maus, porque não tivemos qualquer tipo de apoio", lamentou o autarca, considerando que estas situações "não podem voltar a acontecer".
"O concelho de S. Pedro do Sul tem 250 quilómetros quadrados. A área que está ardida é muito grande, provavelmente equiparada a um terço ou um quarto de todo o nosso concelho", disse também na mesma ocasião.
Queixas escutadas por António Costa, que em declarações aos jornalistas, abriu a porta à utilização de apoios comunitários para ajudar a recuperar as zonas mais atingidas pelos incêndios.
"Do lado do Ministério da Agricultura existem linhas que estão previstas nos programas comunitários de apoio à reposição de necessidades de produção. Essas linhas estão a ser ativadas. Alguns dos danos seguramente não são cobertos pela legislação comunitária através destas verbas. Por isso, através do fundo de emergência do Ministério da Administração Interna está também a ser feito um levantamento de que tipo de apoios poderão ser necessários mobilizar para responder a essas necessidades".