Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias quer impugnar judicialmente os serviços mínimos decretados pelo Governo.
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O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) deixa um aviso ao Governo: "Acabou de acicatar ainda mais os motoristas e motivá-los ainda mais para esta greve."
No entendimento do sindicato, os serviços mínimos definidos esta quarta-feira pelo Governo para a greve dos motoristas põem em causa "o direito à greve".
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Anacleto Rodrigues, porta-voz do SIMM, entende que com os serviços mínimos definidos entre os 50% e os 100%, o Governo pretende que "um dia de greve seja um dia normal de trabalho".
Aos motoristas "já só faltava tirarem dois direitos: o direito à greve e o direito ao salário. Acabaram de tirar o direito à greve, falta tirarem o direito ao salário. Os outros já eram muito poucos ou nenhuns", lamentou.
O sindicato pretende agora tentar que os serviços mínimos sejam "impugnados judicialmente", intenção com que pretende avançar esta quinta-feira.
Quanto à manutenção da intenção de fazer greve, Anacleto Rodrigues refere que esse assunto vai ser discutido em plenário no próximo sábado.
Os serviços mínimos serão de 100% para abastecimento destinado à REPA - Rede de Emergência de Postos de Abastecimento, portos, aeroportos e aeródromos que sirvam de base a serviços prioritários.
O Governo decretou ainda serviços mínimos de 100% para abastecimento de combustíveis para instalações militares, serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança.
Para abastecimento de combustíveis destinados a abastecimento dos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75%.
Já nos postos de abastecimento para clientes finais, os serviços mínimos são de 50%.