Governo açoriano "não trava" saídas da ilha de São Jorge "nem as incentiva" para evitar pânicos
Momentos antes de ser entrevistado pela TSF, José Manuel Bolieiro falou com o Presidente da República e agradeceu a disponibilidade para acompanhar a situação nos Açores.
Corpo do artigo
A preocupação com a crise sísmica nos Açores tem chegado de várias frentes, do Governo às Forças Armadas. Apenas alguns segundos antes desta entrevista exclusiva à TSF, o telemóvel do presidente do Governo Regional dos Açores tocou. Do outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa queria falar com José Manuel Bolieiro, a quem garantiu estar a acompanhar a situação.
Nas últimas horas, o governo regional tem anunciado uma série de medidas restritivas. Muitos já saíram da ilha mas, apesar da cautela, o presidente do governo regional considera que não há motivo para pânico.
"Há algumas pessoas que, por meio aéreo e marítimo, já saíram da ilha de São Jorge e do concelho de Velas", detalha, e embora o governo não trave estas iniciativas, o executivo "também não incentiva, para não gerar qualquer situação de pânico".
TSF\audio\2022\03\noticias\25\jose_bolieiro
Num primeiro momento, caso seja necessária evacuar algumas zonas da ilha, a população será deslocada para outras zonas mais seguras. Só num segundo momento se justifica a ida para outras coisas. Caso seja necessário fazê-lo, garante José Manuel Bolieiro, estão reunidas todas as condições.
O contacto com as Forças Armadas tem sido permanente, o que faz antever que estão a ser preparados planos preventivos mais robustos de apoio à população.
"Esta prontidão está a ser assegurada em colaboração com a Proteção Civil local, como pude falar com o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas", explica.
A comitiva do governo regional tem saída prevista da ilha de São Jorge para o início da tarde desta sexta-feira. O agravamento do estado do tempo pode mudar os planos.
A ser um regresso a São Miguel, pode ser sempre necessário voltar a São Jorge. "Estou sempre pronto e disponível para um regresso, caso as circunstâncias assim o exijam", afirma Bolieiro.