Governo condena agressão a enfermeira e promete mais medidas contra a violência
Até ao fim do mês será "apresentado um programa também específico para esta situação de violência contra profissionais" e o Governo diz estar a "fazer uma reflexão séria, atempada, sobre esta matéria".
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O caso da enfermeira agredida esta madrugada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, foi condenado pelo secretário de Estado da Saúde. António Lacerda Sales censurou este ato de violência e prometeu mais medidas, além do já anunciado gabinete de segurança.
O membro do Executivo tratou de "condenar todas as formas de violência, nomeadamente esta violência contra profissionais", mas também manifestou "solidariedade do Governo e do Ministério da Saúde para com todos os profissionais de saúde".
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"Ontem a senhora ministra, juntamente com o senhor ministro da Administração Interna, anunciaram a formação de um gabinete de segurança, e temos outras medidas programadas", adiantou António Lacerda Sales.
O secretário de Estado estipulou que até ao fim do mês será "apresentado, dentro daquilo que é o programa nacional de prevenção da violência, um programa também específico para esta situação de violência contra profissionais" e garantiu que o Governo está a "fazer uma reflexão séria, atempada, sobre esta matéria para poder apresentar mais medidas até ao fim de janeiro".
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Do botão de pânico a mudanças na própria disposição dos gabinetes médicos, o integrante do Governo referiu que várias hipóteses estão a ser ponderadas. "Haverá com certeza muitas medidas que terão de se situar ao nível preventivo, corretivo e de aumento de resistência de robustecimento das próprias instituições nestes parâmetros."
As ditas "medidas operativas" não passarão apenas pelo botão de pânico, mas também por "disposições do próprio mobiliário", que têm também algum relevo na prevenção.
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António Lacerda Sales deixou a promessa de que haverá por isso "reserva de circuitos internos dentro das instituições, para que possa haver uma redução e uma tolerância zero, ou uma violência zero".
Também a PSP já reagiu à notícia desta quarta-feira. O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP comunicou, numa nota enviada à redação da TSF, que "polícias da PSP em serviço nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por solicitação da enfermeira coordenadora de serviço, deslocaram-se a uma sala de tratamentos onde havia notícias de agressões mútuas".
"A PSP não presenciou os factos, apenas tomou conta da ocorrência e identificou as partes envolvidas e encaminhou o processo para o Ministério Público", informa a PSP, que acrescenta que a enfermeira recebeu tratamento na urgência do Hospital.