O novo centro vai ficar em Alcoutim, mas terá competências de âmbito nacional.
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O objetivo do Centro de Competências na Luta contra a Desertificação é procurar soluções para o problema do esvaziamento do Interior, juntando várias entidades que podem dar o seu contributo.
O Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, explica que a missão deste novo centro em Alcoutim é avaliar projetos novos e antigos para traçar um caminho e garantir o sucesso do Programa Nacional de Combate a Fenómenos de Desertificação.
"Há um conjunto de projetos em curso e o que é importante, nesta altura, é fazer uma boa articulação desses projetos. Para além disso, esta plataforma vai, acima de tudo, estudar os novos projetos que vamos lançar no futuro relacionados com esta questão. Nós temos de estudar tudo o que são sistemas do ponto de vista do seu impacto ambiental, mas também no que tem a ver com o abandono destes territórios, o abandono das populações".
A Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nova colabora no projeto, "para estudar os impactos sociais que vários de modelos de agricultura, florestas e pastorícia têm no domínio do território".
No total, são 30 as entidades a nível nacional que vão estar associadas ao centro de luta contra a desertificação. Neste combate, o secretário de estado conta ainda ter a funcionar, até ao final do ano, o Observatório Nacional da Desertificação que será "um repositório de dados de informação que funcionará em sistema aberto e que permitirá que todos aqueles que trabalhem e estudam neste domínio possam ter acesso a melhor informação para trabalhar".
Para além do Centro de Competências na Luta contra a Desertificação, o Governo assina também um protocolo para a criação de um centro de competências para preservar a dieta mediterrânica, considerada Património da Humanidade desde 2013.