Governo culpa sindicatos da IP pela realização da greve e revela que não houve contrapropostas
Guilherme W. d'Oliveira Martins revela que o Governo fez um esforço adicional para aumentos dos subsídios dos trabalhadores.
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O Governo aponta o dedo aos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal no que diz respeito à situação de rotura que deu origem à greve desta quarta-feira. O secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins garante que os sindicatos não apresentaram quaisquer contrapropostas às medidas levadas pelo Governo à mesa de negociações.
"Não entendemos, depois de um grande esforço efetuado pelo Governo e pela IP, não entendemos esta situação que se ergueu com os sindicatos e que conduziu à greve, sem contrapropostas. O Governo e a IP sempre apresentaram propostas, que estão contabilizadas, e o que é facto é que estamos numa situação em que não é possível seguirmos mais", explica o secretário de Estado.
No que diz respeito a atualizações de subsídios, Guilherme W. d'Oliveira Martins diz que o Governo está disponível para atualizar o subsídio de refeição e também o subsídio de escala, propostas que foram consideradas insuficientes pelos trabalhadores.
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Entre as reivindicações dos sindicatos está o aumento dos salários em 2019, algo que leva Guilherme W. d'Oliveira Martins a explicar que as verbas disponíveis e apresentadas pelo Governo.
"O aumento dos salários foi comunicado a todas as empresas tuteladas, corporizando cerca de 1,4% relativamente a 2017. É um aumento que foi comunicado a todas as empresas e, no caso da IP, representa cerca de 1,8 milhões de euros", explica o secretário de Estado, adiantando que foi atribuída uma verba adicional de "800 mil euros, num esforço adicional de 2,6 milhões de euros para 2019".
Perante estes dados, o governante considera que "é de estranhar, nesta situação de rotura, que os sindicatos não tenham apresentado nenhuma contraproposta na mesa negocial."