O primeiro-ministro afirmou, perante o Conselho Nacional do PSD, que o seu Governo encontrou um «desvio colossal em relação às metas estabelecidas» para as contas públicas.
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Passos Coelho reiterou, esta terça-feira à noite, num discurso de mais de uma hora, que o Executivo não se vai queixar da herança do PS, mas não deixou de fazer uma observação sobre o estado das contas públicas portuguesas.
Na reunião do Conselho Nacional do PSD, o também líder social-democrata acrescentou que, apesar das dificuldades, se o Governo aproveitar bem a confiança que obteve nas eleições pode entregar resultados no final do mandato e fazer história.
O chefe do Governo preocupou-se ainda em dar provas que não está a trabalhar para as agências de rating, mas sim a tentar recuperar a credibilidade junto das entidades internacionais.
Pedro Passos Coelho defendeu ainda que se não tivesse antecipado medidas como o imposto extraordinário Bruxelas não teria saído em defesa de Portugal depois de a agência de notação financeira Moody's ter baixado o rating português para "lixo".
O primeiro-ministro pediu ainda paciência aos ministros no que toca a nomeações para a Administração Pública na certeza de que nada será feito sem um novo regime legal.
Passos Coelho, que não quer desiludir quem votou nos sociais-democratas, quis ainda dar a garantia de que estarão no Governo os melhores e os mais competentes, sejam eles ou não do PSD, pois só assim «é que nos levarão a sério».