Augusto santos Silva diz que têm chegado junto do Governo manifestações de intenção e de disponibilidade, por parte de autarquias locais, de escolas do ensino superior e de associações da sociedade civil, para acolher refugiados e requerentes de asilo.
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Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, assegura que o país está a mobilizar-se para ajudar o maior número possível de afegãos que procurem abrigo em Portugal. Em declarações à TSF, o governante assinala que tem sido contactado por inúmeras instituições e empresas que querem ajudar.
"Nos últimos dias, não só se multiplicaram em Portugal apelos como este, da associação das mulheres juristas portuguesas, como se veem já multiplicando as intenções que nos chegam de autarquias locais, de escolas do ensino superior e de associações da sociedade civil, que nos têm contactado, sinalizando a sua disponibilidade para acolher, num caso estudantes, noutro caso engenheiros, noutro caso, engenheiros ou trabalhadoras, que estejam em necessidade e que precisem de abandonar o Afeganistão."
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O ministro dos Negócios Estrangeiros afirma que Portugal faz parte do grupo de países que subscreveram uma declaração a defender o direito de quem se sente em perigo no Afeganistão a poder abandonar o país. Esta é uma medida que se aplica a qualquer pessoa em risco. Augusto Santos Silva confirmou que Portugal já se disponibilizou para receber 50 afegãos. "Portugal já sinalizou a sua participação nesse esforço, propondo o primeiro conjunto de 50 cidadãos afegãos a acolher, no quadro dessa salvaguarda da vida de afegãos que colaboraram com as forças internacionais. Essa é uma primeira etapa, e, neste momento, já se está a proceder à respetiva operacionalização."
"As equipas técnicas já estão a trabalhar para assegurar a concretização desta etapa", adianta o ministro. Já a segunda etapa é da responsabilidade de toda a Europa, de forma planeada, para "cumprirmos o nosso dever, à luz da lei humanitária internacional, de acolher refugiados e requerentes de asilo que venham do Afeganistão, em resultado da insegurança que agora se vive nesse país".