Governo "deu autonomia". Presidente da ULS de Santa Maria nega atrasos na contratação de médicos
"Não houve nenhum atraso devido à questão em causa, até porque o que existiu de mudança foi dar autonomia às ULS", assegura à TSF Carlos Martins
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O presidente da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, Carlos Martins, recusa que a contratação de médicos esteja atrasada pelas alterações nos concursos
O semanário Expresso escreve que o Ministério da Saúde deixou nas mãos das ULS os critérios de seleção e os prazos do processo, mas que até agora menos de metade das ULS avançou com os concursos. À TSF, Carlos Martins garante que a decisão do Governo não complicou a contratação de médicos.
"Posso dizer que, neste minuto em que estamos a falar, nós temos 90% dos nossos concursos com vice publicado no Diário da República e 10% a aguardar publicação. Também não é verdade algo que li hoje. É que o Santa Maria tem um concurso para medicina geral e familiar único, ou seja, um aviso para 47 vagas. Nós temos um aviso com a localização das vagas da clínica geral. Não houve nenhum atraso devido à questão em causa, até porque o que existiu de mudança foi dar autonomia às ULS", assegura o presidente da ULS de Santa Maria.
Carlos Martins defende ainda que a solução adotada pelo Governo, dando autonomia às ULS, é a melhor: "Antigamente, estes concursos eram por vezes nacionais e outras vezes eram regionais. Eu ando nisto há 30 anos. Recordo bem as posições de crítica quando era aberto um concurso nacional. Abre um concurso, burocracia, impugnações e nunca mais vai acabar. Abriram regionais, a mesma crítica. Agora abre-se pelas ULS, a mesma crítica. Bom, eu diria que nunca se consegue agradar a ninguém, mas factualmente, como gestor da maior ULS do país, digo que esta metodologia é a metodologia adequada. Se me perguntar se é fácil, não, claro que não."
Assim, o presidente da ULS lisboeta considera que o Governo, e em especial a ministra da Saúde, estão a dar autonomia às diferentes instituições.
"Eu costumo dizer que a palavra mudança é aquela que se ouve mais vezes durante o dia, mas quando tentamos mudar, começa a haver problemas. E, portanto, o Governo tem dito, e a senhora ministra da Saúde em particular, que vai reforçar a autonomia das instituições", considera.