A coordenadora do Bloco de Esquerda considera que a companhia aérea está a "utilizar o Governo português para abusar e impedir a greve".
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Catarina Martins exige que o Governo acabe com os serviços mínimos na greve do pessoal de voo da Ryanair e obrigue a empresa irlandesa a cumprir a lei do país em que está a operar.
A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve, na tarde desta quinta-feira, reunida com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e sublinhou que o incumprimento por parte da Ryanair é inaceitável.
"O Governo deve acabar com os serviços mínimos desta greve, até porque a Ryanair está a mandar mensagem aos trabalhadores dizendo que a direção-geral de economia lhe deu o direito de chamar toda a gente para vir trabalhar, o que ainda por cima é mentira", começa por realçar a bloquista.
Catarina Martins considera que "a Ryanair está a utilizar o Governo português para abusar e impedir a greve". "A Ryanair está a chamar para processos disciplinares trabalhares por eles estarem em greve e isto é inaceitável e a lei portuguesa não permite", acrescenta.
A coordenadora do Bloco afirma que "o Governo não [pode] estar a defender uma empresa que não cumpre a legislação portuguesa, que acha que Portugal é uma república das bananas e dizer à Ryanair que Portugal é um país que se leva a sério e que respeita quem aqui trabalha".
"Se a Ryanair não cumpre a legislação portuguesa, o problema não está nos trabalhadores que está em greve, o problema está na Ryanair. O Governo não pode penalizar os trabalhadores que estão a lutar por direitos fundamentais, tem é de penalizar a Ryanair e obrigá-la a cumprir a legislação portuguesa", apontou.