Os portugueses confiam mais num líder de uma empresa, numa ONG ou órgão de comunicação social do que no Governo, revela um barómetro divulgado esta segunda-feira.
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Um barómetro sobre credibilidade e confiança realizado em 23 países e divulgado no Fórum de Davos revela que 69 por cento dos portugueses confiam nas organizações não governamentais, o que representa um reforço de 17 por cento em relação aos dados do ano passado. Este é dos níveis mais elevados a nível mundial.
O estudo aponta que 47 por cento deposita confiança nos empresários e, logo a seguir, 39 por cento nos meios de comunicação social.
Em sentido inverso, a confiança nas instituições governativas baixou de forma expressiva, com apenas nove por cento a dizer que confia no Governo.
O estudo da GCI, em parceria com a Escola de Gestão do Porto e a Spirit UC, mostra ainda que os factores de reputação mais indicados em Portugal são semelhantes à media estrangeira.
Ou seja, a política de verdade e transparência lidera a lista de dez parâmetros, que vão desde a responsabilidade social, aos preços justos nas marcas, qualidade dos produtos, capacidade de inovação, retorno financeiro e liderança empresarial.
Os portugueses estão em sintonia com a maior parte dos inquiridos nos restantes 23 países incluídos neste Edelman Trust Barometer, realizado há dez anos a nível mundial e apresentado em Davos.
A edição deste ano conclui que mais de 75 por cento dos consumidores é da opinião que as empresas devem criar valor para o accionista de uma forma alinhada com os interesses da sociedade mesmo que tal signifique sacrificar o valor do accionista.