
O secretário-geral do PS diz que a decisão de se abster na votação da proposta da maioria sobre os cortes dos subsídios foi tomada no próprio plenário após concluir que era «minimalista».
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António José Seguro falava aos jornalistas após as votações na especialidade das propostas do PSD/CDS que aumentaram de 485 para 600 euros a fasquia a partir da qual são aplicados gradualmente cortes nos subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do sector público e pensionistas.
Interrogado pelos jornalistas sobre o momento em que foi informado sobre o teor das propostas de alteração da maioria ao Orçamento, o secretário-geral do PS disse que as conheceu quando chegou ao Parlamento esta manhã.
Já a decisão sobre o sentido de voto do PS em relação às propostas de modelação nos cortes dos subsídios, de acordo com António José Seguro, «foi tomada mesmo no final».
O secretário-geral socialista tinha dito que votaria a favor de todas as propostas que podiam minimizar o sacrifício dos portugueses, mas o PS acabou por não votar a favor, porque considerou que a proposta da maioria insuficiente.
«A maioria apresentou uma proposta minimalista no que diz respeito à chamada modelação. Essa proposta nem sequer tem em conta as propostas do lado da receita apresentadas pelo PS», criticou Seguro, insistindo, depois, que havia margem para a devolução integral de um dos subsídios aos pensionistas e trabalhadores do sector público.
O secretário-geral do PS considerou ainda que o voto socialista revela a seriedade do partido.
«Uma proposta desta natureza que conhecemos em cima da hora exigem do PS seriedade, o PS não está na vida política portuguesa como um autómato que está sempre contra tudo ou a favor de tudo», adiantou.
Seguro também garantiu que não houve divergências na bancada socialista, sublinhando que o PS é um partido livre.