O ministro da Educação disse hoje no parlamento que assinou, na segunda-feira, um despacho para levantar a suspensão de obras em 14 escolas a ser intervencionadas pela Parque Escolar, e que terão as suas «obras recomeçadas já».
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Perante os deputados da comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, Nuno Crato revelou que foi renegociada uma linha de crédito, que envolve verbas comunitárias e do Orçamento do Estado, para financiar o retomar das obras nas 14 escolas onde estas estavam suspensas.
O ministro disse ainda que se poderá optar uma reabilitação, ao invés de uma «requalificação total», das escolas intervencionadas, e «sem luxos».
Neste momento existem 37 escolas com obras iniciadas. Em 14 delas os trabalhos estão a decorrer, noutras 14, estavam suspensos, mas o ministério da Educação veio agora levantar a suspensão dessas obras.
Há ainda nove escolas onde os trabalhos pararam por falência dos empreiteiros, sendo agora necessário promover novo concurso público para reiniciar as obras nesses estabelecimentos.
A Parque Escolar foi criada pela governação socialista de José Sócrates, para modernizar as escolas secundárias do país.
Mantém hoje, como missão, o planeamento, gestão, desenvolvimento e execução do programa de modernização da rede pública de escolas secundárias e outras afetas ao Ministério da Educação.
Reagindo a este anúncio, a antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues lamentou, em declarações à TSF, o tempo e o dinheiro perdidos com a suspensão destas obras.
«Foi incompreensível que há três anos se tivesse suspendido o programa da Parque Escolar como acho agora incompreensível que se venha dizer que se vão retomar as obras e que isso deixará as pessoas muito felizes e contentes», acrescentou.
Para Maria de Lurdes Rodrigues, «contentes as pessoas estariam se o ministro estivesse a anunciar que as obras estavam concluídas, como já podiam estar concluídas se não tivesse havido uma interrupção de três anos.