"Governo não tem mínima noção." Sindicato da PSP alerta para sistema nos aeroportos que põe "segurança em risco"

Paulo Santos
David Tiago/Global Imagens (arquivo)
A segurança nos aeroportos está a ser posta para segundo plano. É o que diz Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, em declarações à TSF
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) acusa o Governo de "falta de noção" e alerta para a utilização de um sistema simplificado no aeroporto de Lisboa para reduzir os tempos de espera que coloca o país em risco, como noticia esta terça-feira o jornal Público.
Na TSF, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, explica que o sistema consiste numa verificação que não fica registada nas bases de dados dos aeroportos: "É exatamente descurar a componente de segurança. Nós temos que cumprir requisitos europeus."
Para Paulo Santos, "há uma responsabilidade também direta da ANA aeroportos" que, sublinha, não tem condições e, por isso, acabam os polícias "a aplicar esses regimes mais simplificados para que as pessoas não fiquem eternamente à espera para entrar no país".
"É esse risco que corremos. É exatamente descurar a componente de segurança. Acho que era algo que deveria preocupar os nossos responsáveis políticos."
O sindicalista afirma que já fizeram chegar ao Executivo liderado por Luís Montenegro "um ofício exaustivo sobre os problemas que existem nos aeroportos", mas até à data não tiveram resposta.
"É errado, porque demonstra que este Governo não tem mínima noção do que está a acontecer e não quer dar respostas àquilo que estão os problemas que estão identificados pelos sindicatos", concluiu.
O Governo definiu novos tempos de espera nas filas de controlo de passaportes. Os tempos nas chegadas têm de ser reduzidos de 75 para 55 minutos e nas partidas de 35 para 25 minutos.
