O Governo aprovou hoje a nomeação de Pedro Martins Mendes para presidente do conselho de administração da Parque Escolar e de Luís Flores de Carvalho para vogal da empresa.
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Segundo anunciou o ministro da Educação, Nuno Crato, Carla Ramos Ferreira, que tinha sido nomeada pelo atual Governo em dezembro para exercer o cargo de vogal, irá manter-se do cargo.
Desta forma, o número de administradores da Parque Escolar é reduzido de cinco para três.
Os dois novos membros do Conselho de Administração, que Nuno Crato classificou como «dois técnicos altamente qualificados», completarão o mandato em curso, que termina em dezembro de 2012.
Pedro António Martins Mendes é professor associado com agregação do Instituto Superior Técnico e foi adjunto no gabinete do ministro da Educação e Ciência. Luís Manuel Flores de Carvalho é técnico economista assessor principal da Autoridade Tributária e Aduaneira e foi coordenador de equipas do ministério da Educação e Ciência para negociações sindicais e integra o grupo de trabalho para o cálculo do custo médio do aluno por ano de escolaridade no ensino público.
Quatro membros do conselho de administração da Parque Escolar, que era presidida por João Sintra Nunes, tinham renunciado aos cargos a semana passada.
As demissões surgiram no dia em que foi entregue à Assembleia da República o relatório de uma auditoria realizada pela Inspeção Geral de Finanças.
No início dessa semana, o ministro da Educação Nuno Crato afirmou na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura que desde 2007 o custo unitário estimado de cada obra da Parque Escolar passou de 2,82 milhões de euros para 15,45 milhões de euros, o que representa um aumento na ordem dos 400 por cento.
Nuno Crato indicou na altura que a IGF considerou que a Parque Escolar devia ter estabelecido «tetos máximos de investimento para cada escola» e devia também ter feito «uma apreciação crítica dos projetos de arquitetura».
No dia seguinte, a empresa justificou o aumento no custo das obras das escolas com o facto de ter baseado o primeiro orçamento deste «programa complexo» em estimativas da Direção Regional de Educação.
Para os responsáveis da empresa, as notícias sobre a situação da Parque Escolar «afetam gravemente o seu bom nome e a honra e reputação dos seus dirigentes e colaboradores».