
epa07023860 Members of the opposition movement Frente Amplio Venezuela Libre participate during the march 'A light for the democracy and the freedom' in Caracas, Venezuela, 15 September 2018. EPA/MIGUEL GUTIERREZ
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Para a presidente da Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos na Madeira, a detenção de comerciantes portugueses em Caracas não é uma situação nova. O governo português devia ter acautelado a possibilidade de novas detenções.
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O governo de Nicolas Maduro já tinha detido noutras ocasiões pequenos comerciantes Portugueses alegadamente por terem escondido produtos aos clientes e violarem as leis que regulam os preços.
Ana Cristina Monteiro sublinha que "quando iniciaram o controlo de alimentos aconteceram situações similares noutros supermercados".
"O governo já devia saber que isto ia acontecer porque estão a ser violadas constantemente as liberdades económicas e isso ia tocar aos nossos cidadãos", diz.
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Desta vez são cerca de 10 imigrantes portugueses ou luso descendentes que estão em prisão preventiva e que pertencem às cadeias de supermercados Central Madeirense e Excelsior Gama.
Ana Cristina Monteiro considera que algo tem que ser feito pelo governo português e não pode haver medo de represálias por parte do governo de Caracas.
" Que maior represália pode haver do que os cidadãos portugueses que lá estão passarem fome, comerem do lixo, não terem cuidados médicos?" questiona.
A presidente do Associação de Imigrantes venezuelanos adianta que a existência de um corredor humanitário entre os dois países seria uma forma de ajudar os que lá permanecem,na sua maioria a viverem atualmente em situações muito precárias.