O Executivo vai alargar o trabalho de fiscalização do centro de conferência de facturas de medicamentos às prescrições de meios complementares de diagnóstico e hemodiálise.
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Aperta-se o cerco à fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com um alargamento do trabalho de fiscalização.
E, até final do ano como revelou também à TSF Fernando Mota, vice-presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, serão também conferidas as facturas do transporte de doentes não urgentes.
«O centro de conferência de facturas apenas está a conferir medicamentos mas ainda este ano vai conferir também as prescrições de meios complementares de diagnóstico e ao longo do ano iremos também cobrir as áreas da hemodiálise, dos cuidados integrados, para além dos cuidados respiratórios domiciliários», avançou.
«Lá para o fim do ano, se tivermos oportunidade, cobriremos também a área do transporte de doentes não urgentes. O objectivo é cobrir toda a despesa que o Ministério da Saúde tem relativamente à comparticipação junto dos cidadãos», explicou Fernando Mota.
No último ano de trabalho, o centro de conferência de facturas do Ministério da Saúde passou a "pente fino" 80 milhões de receitas de medicamentos.
Contudo, Fernando Mota referiu que a percentagem de prescrições que levantou dúvidas foi muito diminuta, «entre um ou dois por cento».
Até agora foi apenas detectado um caso fraudulento de comparticiparão de medicamentos envolvendo farmácias e empresas de distribuição. Um caso que já foi denunciado ao Ministério Público.