Governo procura interessados em construir oleoduto para abastecer aeroporto de Lisboa
O ministério do Ambiente convida as empresas a concorrerem à exploração do projeto para melhor o transporte de combustível para aviões.
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O Governo deu esta segunda-feira o primeiro passo para a construção de um oleoduto para abastecer o aeroporto de Lisboa.
Num edital do ministério do Ambiente e da Ação Climática publicado no jornal Público, os interessados em "projetarem, construírem e explorarem" este projeto são convidados a apresentar propostas.
A infraestrutura vai ser construída entre o parque de combustíveis em Aveiras de Cima e o aeroporto Humberto Delgado, num investimento previsto de cerca de 40 milhões de euros para estar concluído em 2021.
O objetivo é transportar combustível para aviões (Jet A1) através de uma conduta de água já existente, mas desativada, da Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL), o chamado aqueduto do Alviela.
"O Governo identifica, ainda que a título preliminar, um conjunto de aspetos positivos decorrentes do projeto apresentado que reconhece prosseguirem o interesse público, como sejam, o aumento da fiabilidade e segurança do abastecimento, da segurança das operações materiais inerentes ao abastecimento, e da segurança rodoviária decorrente da previsível redução de veículos-cisterna de mercadorias perigosas de circulação rodoviária nas vias de ligação ao aeroporto, a redução do consumo de gasóleo e de missões de poluentes atmosféricos, decorrente da potencial redução da circulação rodoviária de veículos-cisterna, bem como a manutenção da utilidade de um canal terrestre preexistente", pode-se ler no documento.
As empresas interessadas têm 30 dias a partir desta segunda-feira para apresentarem os seus pedidos através do endereço gabinete.maac@maac.gov.pt. Quem ficar com o negócio vai ter de pagar à EPAL uma contrapartida, terá de fazer uma avaliação de impacto ambiental e será sujeito a acompanhamento da entidade reguladora.
O ministério do Ambiente considera que o projeto do oleoduto tem varias vantagens: mais fiabilidade e segurança no abastecimento e menor circulação de camiões cisterna que atualmente transportam o combustível por estrada, o que promove mais segurança rodoviária, menos consumo de gasóleo e menos emissões poluentes.