A autarquia de Cascais lembra que não basta reduzir o preço dos passes combinados e que é preciso um investimento urgente na linha férrea.
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O Governo garante que está a trabalhar para conseguir, ainda em 2017, um modelo de financiamento para modernizar os comboios na linha de Cascais.
Ouvido pela TSF, o secretário de Estado das Infraestruturas rejeita as críticas do presidente e do vice-presidente da autarquia, que se queixam da falta de respostas do Executivo. Guilherme Oliveira Martins afirma que "ainda este ano será feito um investimento no material circulante".
Esta quinta-feira, a Câmara de Cascais anunciou a descida dos preços dos passes combinados, com reduções que podem chegar aos 25 por cento.
O presidente da autarquia, Carlos Carreiras, diz no entanto que os utentes precisam de mais e lembra que há mais de 50 anos que há necessidade de um investimento urgente na linha. Todavia, o autarca queixa-se que há mais de um ano que não consegue falar com o Governo.
Carlos Carreiras, ouvido pela TSF, sugere ainda a criação de um movimento de utentes para salvar a linha de Cascais.
O Ministério do Planeamento e Infraestruturas garante que o Governo mantém a intenção de cumprir o plano estratégico dos transportes, que prevê o investimento de 160 milhões de euros na renovação da linha de Cascais. E uma vez encontrado o modelo de financiamento o dialogo com os autarcas fará todo o sentido.
Em Cascais, a partir de 1 de fevereiro, os passes combinados vão ficar mais baratos. O plano da autarquia envolve comboios, autocarros, bicicletas, automóveis e lugares de estacionamento. A câmara de Cascais avança, para já, sozinha mas totalmente disponível para trabalhar com outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa.