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A ministra da Agricultura admitiu que Portugal e Espanha avancem com um pedido de ajuda a Bruxelas para minimizar eventuais prejuízos no setor se o período de seca se prolongar.
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Assunção Cristas adiantou, em declarações esta sexta-feira, que vai receber o homólogo espanhol, segunda-feira, em Lisboa, e irá aproveitar o encontro para «saber como estão as coisas em Espanha», onde possivelmente os agricultores estão a enfrentar a mesma ameaça.
Se o cenário for comum, Assunção Cristas admitiu que possivelmente os dois governos poderão «articular também uma ação conjunta junto de Bruxelas».
A governante falava durante uma visita ao Vale da Vilariça, no Nordeste Transmontano, onde foi confrontada com as preocupações dos agricultores devido à falta de chuva.
Ao Ministério da Agricultura têm chegado preocupações idênticas de todo o país, «mas difusas», segundo a ministra que garantiu estar a fazer um levantamento mais pormenorizado destas «sinalizações vagas».
«Nós estamos a acompanhar há várias semanas muito proximamente a questão da seca, temos uma task force constituída para juntamente com as direções regionais começar a recolher da parte dos agricultores as preocupações e os possíveis prejuízos que, eventualmente terão, no caso de entretanto não chover», disse.
Assunção Cristas ainda continua «à espera que São Pedro dê uma ajuda», mas vincou que o Governo terá «um plano B, com o levantamento e identificação de soluções para, nomeadamente acionar algumas ajudas comunitárias».
Segundo explicou, este pedido de ajuda a Bruxelas poderá ser feito «uma vez verificadas, de facto, as circunstâncias que essas ajudas exigem, que são circunstâncias específicas de seca».
A ministra pretende discutir no encontro com o homologo espanhol, a articulação dos dois países na eventualidade de terem de recorrer a apoio comunitário.
A governante não especificou a data em que esse pedido poderá ser feito, referindo que, apesar do atual cenário de seca, Portugal «ainda tem alguma margem de manobra e tem de esperar para ver como é que o tempo evolui».
«Mal verifiquemos, de facto, que não temos solução à vista porque não chove, nessa altura vamos acionar o que é possível», acrescentou.
No próximo Conselho de Agricultura Europeu, a ministra vai fazer uma primeira sinalização da questão da seca em Portugal.