
Mulheres/Homens
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A secretária de Estado, Teresa Morais, tem estado a escrever às empresas e já disse que se esse equilíbrio não for alcançado nos próximos 18 meses, terá de avançar o regime de quotas.
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O Governo ainda vai esperar cerca de um ano e meio para ver se as empresas públicas corrigem o desequilibro e colocam mais mulheres nos lugares de administração.
Mas se a diretiva falhar a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, admite que podem avançar as quotas.
«Se da avaliação resultar que os efeitos produzidos foram escassos, teremos nessa altura todos os elementos e todos os argumentos para preparar uma fase seguinte e dizer 'como se vê voluntariamente não vamos lá', nem mesmo com planos para a igualdade. Portanto encaremos outras medidas», afirmou.
Teresa Morais não exclui que seja a própria Comissão Europeia a impor quotas, se não vingar o objetivo de ter, até 2015, 35 por cento de mulheres nos lugares de topo das empresas.
Sendo que, acrescentou, «Portugal tem [atualmente] no setor empresarial seis por cento de mulheres nos conselhos de administração, o que é menos de metade da média europeia».
A secretária de Estado considera que pode demorar demasiado um equilíbrio natural nas empresas.
«As mulheres são a maioria da população em Portugal, são as mulheres a maioria das pessoas em Portugal. Portanto, não há nenhuma razão para que as mulheres sejam uma tão vergonhosa minoria nos lugares de decisão económica», afirmou.
Teresa Morais escreveu a todas as empresas do Estado e também às privadas. Às públicas pediu um ponto de situação sobre a percentagem atual de mulheres e a forma como pretendem aumentar esse número, às privadas sensibilizou para práticas semelhantes. A avaliação será feita a cada seis meses.