O secretário de Estado Adjunto da Saúde garantiu que o Governo irá tomar medidas para assegurar a maximização do aproveitamento do plasma humano.
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«Seguramente que vamos fazer algumas coisas que já deveriam ter sido feitas (não vou comentar por que não foram feitas), para assegurar que vamos ter uma maximização da nossa utilização de plasma», disse o governante, em declarações aos jornalistas, durante uma deslocação a Coimbra.
Leal da Costa reagia a uma notícia hoje divulgada pelo jornal Público, dando conta de que «o Instituto Português do Sangue (IPS) está a deitar para o lixo 350 mil bolsas de plasma por ano» e que «o desperdício é justificado com a falta de capacidade de armazenamento em Portugal», que «gasta cerca de 30 milhões de euros por ano com a importação de derivados de plasma».
O secretário de Estado disse que esta «é uma matéria que não é nova, já há muito tempo que se procura resolver», mas «não é um problema com a gravidade que lhe querem imputar», embora reconheça que, «a nível de números, acima de tudo, há algum dinheiro que temos (o país) obrigação de poupar».
«Temos um grupo muito bom e razoável de dadores, um IPS que funciona impecavelmente e, neste momento, uma situação de quase auto suficiência de plasma. Podemos, a partir daí, criar as bases para podermos também fazer fracionamento e usar todas as potencialidades do plasma humano», sustentou.
O IPS espera ter resolvido este ano o problema da falta de capacidade de armazenamento de plasma.
Em declarações à TSF, Gracinda Sousa, vice-presidente do IPS, disse que o Governo encara este problema como uma prioridade.