O ministro Mota Soares anunciou hoje um contrato de colaboração por dois anos entre o executivo, as misericórdias, a união das mutualidades e a confederação das instituições de solidariedade.
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É em nome de um novo paradigma da relação do Estado com as instituições de solidariedade social, que o ministro Pedro Mota Soares assinou pela primeira vez contratos plurianuais, defendendo que quem ajuda o próximo não precisa de fazer dinheiro mas precisa de sustentabilidade financeira.
«É por demais importante saber com o que contam e essa é a importância do protocolo plurianual que hoje aqui assinamos no valor global de cerca de 1200 milhões de euros», afirmou o ministro da Solidariedade e Segurança Social, no final da assinatura dos protocolos.
Um aumento de 1,3 por cento na despesa efectiva dos acordos de cooperação é o que permite o memorando com a troika e o bastante para que o Governo ponha em prática novas medidas.
«A criação de um rede solidária de cantinas sociais. Pretendemos que todos aqueles que não conseguem prover para si ou para as suas famílias duas refeições diárias possam, através das cozinhas e das cantinas já existentes nos equipamentos sociais, ter acesso a estas refeições», anunciou.
O ministro Mota Soares acrescenta à lista o regresso dos centros de noite e o aumento dos serviço de apoio domiciliário.
«Portugal não pode ser um país de lares. Queremos lançar uma nova geração de serviço de apoio domiciliário, em que a tele assistência é muito importante porque é ela que garante a segurança, o combate ao isolamento, o acompanhamento e a sinalização dos idosos que queiram permanecer em suas casas», defendeu.
Pedro Mota Soares quer ainda fazer com os lares de idosos o que já fez com as creches: «Queremos garantir mais vagas para os mais carenciados, numa lógica de solidariedade em que quem pode contribuir um pouco mais, pode também ajudar quem menos tem».