Graça Freitas está "orgulhosa": 99% das crianças nascidas em 2019 foram vacinadas
DGS faz um balanço positivo do Programa Nacional de Vacinação em 2020.
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A pandemia não afetou o cumprimento do Programa Nacional de Vacinação (PNV), revela a Direção-Geral da Saúde (DGS). Na Semana Europeia da Vacinação (SEV), que se assinala até domingo, as autoridades de saúde fazem um balanço positivo da imunizção em Portugal no último ano.
Num comunicado enviado às redações, a DGS revela que 99% das crianças nascidas em 2019 foram vacinadas com as vacinas recomendadas no PNV;
A vacina contra o sarampo, a rubéola e a parotidite epidémica (VASPR) cumpre todas as metas nacionais e internacionais do Programa de Eliminação do Sarampo e da Rubéola, mantendo-se nos 99% no 1ª ano de vida e 95% ou mais, a partir dos 6 anos, já com o esquema vacinal completo;
A vacinação de adolescentes do sexo feminino, com o esquema completo da vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) é superior ou igual a 91% a partir dos 12 anos de idade;
Entre outubro (quando foram incluídas) e dezembro do ano passado foram administradas cerca de 34.000 primeiras doses da vacina contra o HPV a rapazes e cerca de 90.000 doses da vacina contra a contra a meningite B a crianças menores de dois anos de idade, um aumento de cerca de 124.000 doses administradas no ano passado;
Estima-se que a cobertura vacinal da grávida, para proteger os seus bebés de tosse convulsa, tenha chegados aos 90%;
A vacinação do adolescente e do adulto com a vacina contra o tétano e difteria (Td) chegou aos 96% aos 14 anos e aos 80% aos 65 anos;
Aos 12 meses de idade, 84% das crianças foram vacinadas atempadamente;
O PNV atingiu ou ultrapassou coberturas de 95% até aos 7 anos em todas as vacinas.
Em declarações à TSF, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, destaca os bons resultados. Diz-se orgulhosa de "pertencer a um povo, pertencer a um país" que não negligenciou a vacinação mesmo durante uma pandemia.
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"As crianças que nasceram em 2019 quase todas estão vacinadas. Os seus pais, avós, tios cuidadores, fosse quem fosse levaram estas crianças ao centro de saúde marcaram o ato vacinal", destaca. "Portanto é um orgulho na nossa população que tem esta esta confiança na vacinação desde o início e nos nossos profissionais."
"A vacinação é mesmo entendida como um bem público e como um ato de cidadania", aplaude.
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Alterações ao PNV
Para além da inclusão da vacina contra o HPV nos rapazes e da vacina contra a Meningite B, o PNV sofreu outras alterações, entre elas a inclusão da vacina contra o rotavírus, o principal causador de gastroenterites em crianças, que é aplicada a grupos de risco.
Foram ainda feitas alterações na vacinação contra o tétano e difteria nas mulheres em idade fértil, que passaram a fazer um esquema mínimo de três doses.
A vacina contra o vírus influenza B, o esquema de recurso iniciado a partir dos 12 meses de idade passou a ser de dose única e, na da pneumonia (streptococcus pneumoniae), as crianças que iniciam o esquema antes dos seis meses de idade, passaram a poder fazer o reforço a partir dos 11 meses de idade.
No caso da vacina contra o sarampo, papeira e rubéola (VASPR), o intervalo recomendado entre as duas doses passou a ser de seis meses, aos viajantes nascidos em 1970 e daí para a frente recomendam-se agora duas doses de vacina contra o sarampo. Aos profissionais de saúde também passaram a ser recomendadas duas doses desta vacina.
Entre as alterações ao PNV está ainda a gratuitidade da vacina contra a hepatite B para todos os profissionais do Sistema de Saúde, desde que não tenham funções estritamente administrativas.
Na vacina da BCG, passou a ser recomendada a vacinação de grupos de risco na maternidade, para os recém-nascidos identificados aquando do nascimento.