"Grávidas vão ter de percorrer quilómetros e quilómetros." Bordalo e Sá culpa ministra da Saúde por urgências fechadas no fim de semana da Páscoa
Em declarações à TSF, a presidente da FNAM mostra dúvidas sobre o tempo que os doentes vão ter de esperar até serem atendidos. Se o Governo tivesse negociado "de forma séria e correta" com os médicos, cenários assim seriam evitados
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A presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo e Sá, considera, em declarações à TSF, que estão em causa não só os serviços de saúde como os tempos de espera, num fim de semana com várias urgências encerradas: oito este sábado e dez no domingo de Páscoa.
Apesar de o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantir que "nenhum cidadão deixará de ser atendido neste fim de semana", Joana Bordalo e Sá duvida que todos os doentes que precisem sejam atendidos em tempo útil.
Bordalo e Sá alerta ainda para o risco acrescido de partos nas ambulâncias: "As grávidas e os seus bebés vão ter de percorrer quilómetros e quilómetros para chegar a um serviço de urgências."
A líder da FNAM repete críticas à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, responsabilizando-a por este cenário, já que "não negociou de forma séria e correta" para atrair mais médicos para o SNS.
As equipas estão "exaustas", aponta igualmente a dirigente sindical, e a federação está a aconselhar os médicos a recorrer a escusas de responsabilidade.
Este fim de semana de Páscoa conta com oito serviços de urgência encerrados no sábado e dez no domingo, a maioria dos quais de obstetrícia e ginecologia na região de Lisboa e Vale do Tejo. No entanto, apesar dos constrangimentos, o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde, Álvaro Almeida, já garantiu que "ninguém deixará de ser atendido".
