A confirmação da greve e motivaçõe partem de Rogério Silva, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, em declarações à TSF.
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Não há marcha atrás. Os trabalhadores da Autoeuropa vão mesmo fazer greve entre as 23h30 de terça-feira e a meia-noite de quarta. Quem o confirmou à TSF foi Rogério Silva, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, que acusa a administração da empresa de querer "embaratecer custos" e "intensificar a exploração". Os trabalhadores realizaram esta segunda-feira plenários para discutir a proposta da administração.
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"A administração está intransigente em querer aplicar estes horários que são merecidos para os trabalhadores. São horários que para além de ter uma enorme rotatividade durante dois anos e meio, obriga-os a trabalhar ao sábado, quando hoje trabalham de segunda a sexta. São horários que prejudicando a saúde, prejudicam seguramente a produtividade da empresa. Se são maus para os trabalhadores, são maus para a empresa. Eles não os aceitam", defende Rogério Silva.O sindicalista diz ainda que estão "disponíveis para o diálogo".
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Quanto às intenções da administração, Rogério Silva fala em embaratecimento da mão-de-obra. "A administração da Autoeuropa quer embaratecer os custos da mão-de-obra. Se o sábado passar a ser um dia obrigatório de trabalho, as pessoas perdem. Até aqui, quando trabalhavam ao sábado, era de forma voluntária, eram retribuídos com trabalho suplementar. Assim deixa de o ser. Há aqui um encaixe de milhões, para além daqueles que resultam dos investimentos que já estão anunciados, na ordem dos 700 milhões de euros, que também o Estado português participa. Há este objetivo no fundo de intensificar a exploração."