A paralisação que começou à meia-noite desta sexta-feira tem como objectivo chamar à atenção para as más condições laborais e para a ausência de um estatuto para a carreira.
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A greve dos guardas prisionais que começou às 0:00 desta sexta-feira deverá provocar o adiamento de «aproximadamente de cem julgamentos», já que durante este protesto de cinco dias só haverá serviços mínimos.
Ouvido pela TSF, o presidente deste sindicato explicou que este protesto que tem como objectivo reclamar contra as más condições de trabalho e reivindicar um novo estatuto para a carreira vai afectar as diligências para os tribunais.
«Todos os tipos de julgamento serão afectados a não ser aqueles que coloquem em risco a liberdade do recluso. Esse serão efectuados para que ao recluso seja restituída a liberdade. Nos estabelecimentos onde houver visitas não vai haver», explicou.
O sindicalista Jorge Alves assinalou ainda que na base desta greve está principalmente o facto de o «Governo não querer legislar o estatuto profissional para que se possa definir com base na nova lei qual é o espaço que o corpo da Guarda Prisional tem de ocupar no sistema prisional».
Para este sindicalista, este estututo definiria que «autoridade» tem a Guarda Prisional e «de que forma combate a criminalidade que existe nos estabelecimentos prisionais».
«Também vai servir muito para que a sociedade em geral perceba como se trabalha e vive dentro dos quatro muros, dentro nos espaços prisionais, dentro das cadeias no território nacional», concluiu.