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Começa amanhã e termina na sexta-feira. Os clínicos do Instituto Português de Oncologia do Porto vão parar dois dias em defesa do tempo de descanso, que dizem não ser cumprido.
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Consultas e exames adiados para centenas de doentes. Será esta a principal consequência da greve de dois dias dos médicos do Instituto Português de Oncologia(IPO) do Porto.
A paralisação está convocada para amanhã e sexta-feira. Joana Bordalo e Sá, dirigente do Sindicato dos Médicos do Norte, refere, em declarações à TSF, que o motivo da greve está relacionado com o facto de alguns médicos continuarem a ser impedidos de cumprir o descanso compensatório, chegando a trabalhar 30 horas seguidas.
Joana Bordalo e Sá garante que o sindicato está disponível para dialogar mas a administração do IPO/Porto nunca mostrou essa abertura e por isso não tem havido diálogo.
Os médicos em greve pedem, desde já, desculpa aos doentes, já que esta vai implicar o adiamento de consultas e exames de centenas de doentes, mas garantem que a paragem de dois dias foi convocada a pensar na segurança dos doentes.
Confrontada com esta situação, a direção do IPO do Porto enviou, por escrito, uma nota à TSF, na qual refere que "desde sempre que o IPO-Porto respeita o gozo do descanso compensatório em relação ao trabalho médico realizado em dias de descanso semanal (sábados, domingos e feriados)".
Garante, ainda, o IPO que "há vários anos que alguns serviços médicos, no respeito integral da lei em vigor (DL 62/79) gozam o descanso compensatório no seguimento do trabalho realizado durante a noite dos dias de semana, com a concordância do Conselho de Administração. No passado dia 15 de junho de 2015, os diretores dos serviços com trabalho noturno, implementaram com caráter obrigatório, por indicação do Conselho de Administração, o gozo do descanso compensatório no dia seguinte e de acordo com os termos legais (Dec-Lei 62/79)".
Contrariando os argumentos do Sindicato dos Médicos do Norte, "o IPO-Porto tem uma prática publicamente demonstrada e reconhecida de segurança dos cuidados prestados aos doentes e de cumprimento das normas laborais, assim como da boa gestão do Serviço Público".