Escolas, centros de saúde, hospitais, tribunais e serviços da Segurança Social deverão ser os mais afectados pela greve desta sexta-feira na administração pública central, segundo a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP), que convoca a paralisação.
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O pré-aviso de greve de 24 horas pode abranger cerca de 250 mil trabalhadores.
A paralisação não conta com a participação dos professores, nem dos enfermeiros, nem dos trabalhadores das autarquias, com excepção dos do município de Lisboa.
A Federação convocou a greve para protestar contra o congelamento e os cortes salariais, o aumento de impostos, a precariedade, os despedimentos, as privatizações e as medidas que vierem a ser impostas na sequência da negociação da ajuda externa a Portugal.
O memorando de entendimento estabelecido entre o Governo e a "troika" internacional prevê a extinção e fusão de serviços da administração pública, o que levará milhares de trabalhadores para a mobilidade ou para o desemprego, segundo a FNSFP.
A última paralisação convocada por esta estrutura sindical da CGTP realizou-se a 1 de Outubro de 2008, integrada numa jornada de luta da central sindical.
Em Março de 2010 ocorreu uma greve geral na função pública convocada pelas três estruturas sindicais que negoceiam com o Governo: Frente Comum (que integra a FNSFP), Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) e Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).