Vários jornalistas concentraram-se em Coimbra, Porto, Ponta Delgada e Lisboa, enquanto as redações estavam paradas ou condicionadas.
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Cerca de 40 órgãos de comunicação social foram afetados pela greve dos jornalistas desta quinta-feira. A paralisação de 14 de março foi a primeira em 40 anos e aconteceu numa altura em que os jornalistas lutam contra os baixos salários, precariedade e degradação das condições de trabalho do setor.
A partir das 00h00 de quinta-feira, as rádios TSF e Antena 1 não tiveram noticiários, nem a agência Lusa publicou notícias. Para o Sindicato de Jornalistas, estava "dado o tiro de partida para a primeira greve geral de jornalistas em mais de 40 anos".
Ao longo do dia, vários jornalistas concentraram-se em Coimbra, Porto, Ponta Delgada e Lisboa, enquanto as redações estavam paradas ou condicionadas.
O sindicato adiantou ainda que na TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias mais de metade dos jornalistas escalados fizeram greve. A revista Visão, a edição online do jornal Público e o Diário de Notícias estiveram em silêncio e esta sexta-feira o DN não chegou mesmo às bancas.
Numa nota no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa destacou "o papel fundamental do jornalismo e de jornalistas livres e independentes na democracia" e a necessidade de existirem "órgãos de comunicação social fortes, com titulares plenamente conhecidos com toda a transparência, profissionais respeitados e dignificados".
Também o líder da CDU, Paulo Raimundo, após a reunião com o Presidente da República, preferiu não prestar declarações sobre a reunião num gesto de solidariedade com a greve dos jornalistas.