Greve dos transportes urbanos de Coimbra com adesão de 99%

A adesão dos motoristas e mecânicos dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) a este segundo momento de paragem, num calendário que deverá prolongar-se até às autárquicas, é de 99%. Segundo Rui Colaço, delegado sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), nos SMTUC, “saiu um autocarro dos 104 que deviam ter saído”.

Os trabalhadores dos SMTUC cumprem, esta segunda-feira, o primeiro de três dias de greve em que reivindicam uma “carreira melhor”. “Nós entrámos aqui com uma carreira, entretanto, em 2008, passámos todos para agentes únicos e, neste momento, temos uma promessa do senhor presidente da câmara [municipal de Coimbra] para que passemos, outra vez, a ter uma carreira de agente único”, explica o também motorista da empresa há mais de duas décadas.

Outras das reivindicações é também a atribuição de um subsídio por parte da autarquia que, segundo Rui Colaço, “também foi prometido” pelo autarca. “É um valor mais ao menos equivalente a 15% do ordenado base. Ele já tem isso prescrito com o Governo e nós estamos à espera de uma resposta”, adianta.

Os trabalhadores vão desfilar, esta tarde, desde a Guarda Inglesa, onde estão localizados os SMTUC, até à câmara municipal de Coimbra, onde vão tentar intervir na reunião do Executivo. Do autarca, os trabalhadores esperam “respostas”. “Nós vamos lá questioná-lo para saber se já há alguma resposta do Governo ou não”, diz Rui Colaço. 

Caso não obtenham respostas, o delegado sindical afirma que os trabalhadores vão manter a greve até quarta-feira e, para o próximo mês, diz, “teremos de pensar na situação”. “Mas a nossa ideia é continuar a lutar até haver uma resposta”, adianta Rui Colaço. 

O calendário de luta dos trabalhadores dos SMTUC totaliza 44 dias de paragem até setembro, numa altura em que devem realizar-se as autárquicas, aumentando todos os meses um dia. No mês passado tinham já realizado uma greve de dois dias.