O secretário-geral do PCP afirmou que a greve geral está a ter uma «participação extraordinária», sendo «ma jornada memorável» de luta contra «a maior ofensiva» aos direitos dos trabalhadores desde o 25 de Abril.
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«Em milhares de empresas e locais de trabalho, milhões de trabalhadores expressaram hoje um combativo 'Não!' ao Pacto de Agressão, numa jornada memorável em defesa dos direitos dos trabalhadores e de um Portugal desenvolvido e soberano», disse Jerónimo de Sousa, numa declaração enviada aos meios de comunicação social a propósito da greve geral convocada para hoje pelas duas centrais sindicais, CGTP e UGT.
Para o líder dos comunistas, a «extraordinária participação verificada é tão mais valorizável quanto foi construída sob uma crescente pressão, repressão e chantagem».
«Esta greve geral constitui uma derrota para a campanha ideológica que procura apresentar a política de retrocesso como inevitável e a luta como inútil; uma derrota para a chantagem da imposição de serviços mínimos ilegítimos que procura condicionar o direito à greve e para o recurso ilegal às forças de segurança - PSP e GNR - para dar cobertura à violação do direito à greve», acrescentou.
Jerónimo de Sousa sublinhou que a adesão à paralisação é ainda «uma vitória sobre o condicionamento económico, as ameaças de despedimento, perda de remunerações e prémios, a repressão e intimidação, designadamente sobre os trabalhadores com vínculo precário», considerando que o protesto, que decorre desde a meia-noite, está a ser «uma grande demonstração de força» e «uma poderosa resposta à maior ofensiva desde os tempos do fascismo».