António Saraiva, o patrão dos patrões, reconhece que os trabalhadores têm motivos para a indignação. Em véspera da greve geral, a CAP e a CCP também entendem essa indignação.
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Os patrões que pediram ainda este semana ao Governo que mude de políticas dizem que compreendem os motivos dos trabalhadores para a greve geral conjunta de amanhã.
Esta posição foi defendida no Fórum da TSF por António Saraiva, o presidente da CIP, que voltou a pedir ao Governo que tenha humildade para perceber que a receita está esgotada, mas também por João Machado, o líder da CAP.
Para António Saraiva , a greve é um direito, mas que devia ser usado apenas como último recurso porque não é com crispação que se resolvem os problemas. Apesar disso, ele considera que perante os sacrifícios que tem sido pedidos e sem que existam resultados desse esforço, os trablhadores têm razões para estarem insatisfeitos.
António Saraiva reafirma que a concertação social é uma boa ferramenta, mas não está a ser usada como deve ser para uma maior eficácia.
O presidente da CIP está convencido que a greve terá mais expressão no público que no setor privado, pedindo ao Governo que tenha a humildade de perceber que é necessario mudar de rumo. António Saraiva pede também para que o Governo tenha uma voz firme na Europa, apelando a uma alteração de políticas.
Também no Fórum da TSF, o líder da CAP, ao contrário de António Saraiva, acredita que a greve vai ter mais impato no setor privado mesmo que no caso da agricultura, todos os agricultutores estejam a trabalhar amanhã.
João Machado diz que por muito justa que seja a luta há setores que nao podem parar, mas este patrão reconhece que esta greve se justifica.
Apesar do prejuízo real para a produção de riqueza, o líder da CAP diz que os trabalhadores têm motivos para a greve geral de amanhã.
Também João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio, embora preocupado com os efeitos na economia, reconhece que há motivos para a greve.