O diretor do gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública (PSP) defende que a atuação da polícia durante a carga policial de 14 de Novembro foi necessária.
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Necessária e adequada à garantia da ordem e paz social. É desta forma que o diretor do gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP define a intervenção policial no cenário de tensão que levou à violência no passado dia 14 de novembro.
No texto, publicado no blogue Indicativo, Paulo Flor destaca a atual preparação e formação dos agentes para identificar os cenários, contextualizar as multidões e antever as consequências de uma intervenção, tal como a capacidade das forças para procurar todas as soluções possíveis.
Neste sentido, o diretor do gabinete de Imprensa da PSP sublinha a evolução da polícia portuguesa, que - diz - tem conseguido afirmar-se a nível europeu e internacional, mas também a nível interno, sendo disso exemplo a avaliação positiva da maioria dos cidadãos no que se refere à intervenção durante as últimas manifestações e a greve geral.
Paulo Flor acrescenta que legitimar uma «carga policial» é considerar que todos os pressupostos tendentes a evitá-la foram garantidos.
No mesmo texto, Paulo Flor salienta, no entanto, que «os últimos meses têm sido profícuos em manifestações públicas de descontentamento social, motivadas pela austeridade», que - sublinha - também atinge homens e mulheres das forças de segurança.
Paulo Flor refere mesmo que foi essa capacidade de «autismo» que permitiu aos agentes das forças de segurança atuar de forma equilibrada e consensual nos últimos protestos sociais, mas que, ao mesmo tempo, exigir-se que os polícias tenham a capacidade de discernimento no âmbito de uma carga policial é exigir o impossível.
O diretor do gabinete de Imprensa termina dizendo que é preciso que, agora e cada vez mais, os cidadãos saibam manifestar-se e que estejam conscientes de que a minoria que prevarica está convenientemente identificada.