O PCP quer ouvir na comissão de Assuntos Constitucionais o diretor do SIS sobre o relatório que terá sido posto a cicurlar, dando conta de distúrbios graves durante a manifestação da greve geral de 22 de março.
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O PCP diz ter ficado preocupado com notícias a dar conta de um relatório do Serviço de Informações e Segurança (SIS), que antecipava alterações da ordem pública no dia da greve geral.
Os comunistas querem, por isso, ouvir os esclarecimentos do diretor do SIS, na comissão de Assuntos Constitucionais.
O deputado do PCP, António Filipe, sintetiza as perguntas que o partido tenciona colocar ao diretor do SIS.
«Em primeiro lugar a qualidade dos relatórios que são feitos e que são suscetíveis de causar alarme social e de induzir em erro as próprias forças de segurança a quem são destinados. Em segundo lugar, saber qual é a circulação que é dada a esses relatórios e como é que um relatório elaborado pelo SIS, que está sujeito ao regime de segredo de Estado, chega à comunicação social e é objeto de divulgação pública», destacou.
«Se a maioria inviabilizar esta audição é porque tem algo a temer, portanto creio que faz todo o sentido que a Assembleia da República queira esclarecer esta questão», defendeu o deputado comunista.
Num requerimento entregue na 1ª comissão, o PCP faz referência à notícia divulgada hoje pelo Diário de Notícias (DN) sobre «um relatório confidencial elaborado pelo SIS».
Os comunistas lembram que a notícia dá conta de que esse relatório terá sido distribuído à polícia dando conta de previsões fantasiosas ou no mínimo irrealistas quanto a alterações da ordem pública no dia da greve geral convocada pela CGTP.