O diretor nacional da PSP instaurou hoje um processo de inquérito e uma auditoria operacional para averiguar a atuação policial na manifestação de quinta-feira no Chiado, em Lisboa.
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Em comunicado hoje emitido, a Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) informa que, «sem prejuízo do processo de averiguações hoje aberto pela Inspeção Geral da Administração Interna», foram instaurados um processo de inquérito e uma auditoria operacional.
Esta auditoria, adianta o comunicado, vai ser organizada pela Inspeção Nacional da PSP e pretende averiguar «a conformidade técnica e tática das referidas ações de reposição de ordem pública, ao nível do planeamento e da execução».
A PSP diz ainda que «lamenta o sucedido com os profissionais de imprensa que motivaram, num dos casos, a intervenção cirúrgica em unidade hospitalar».
Na quinta-feira à tarde, em dia de greve geral convocada pela CGTP, a PSP e várias pessoas ligadas à plataforma 15 de Outubro envolveram-se em confrontos junto ao Largo do Chiado, em plena baixa lisboeta.
Depois de vários manifestantes terem arremessado objetos contra agentes policiais e de a esplanada do café A Brasileira ter sido praticamente destruída, a PSP reforçou a sua presença com elementos das Equipas de Intervenção Rápida (EIR) e do Corpo de Intervenção.
Durante os confrontos entre manifestantes e polícias, os fotojornalistas José Sena Goulão (da agência Lusa) e Patrícia de Melo Moreira (da France Presse), que se encontravam no local a fazer a cobertura do acontecimento, foram agredidos pelas forças policiais.